Bertha Pappenheim, conhecida como Ana O; era uma jovem nobre de Viena que passou a desenvolver sintomas do então chamado quadro histeria. Aos 21 anos de idade, ela sofria com alucinações, paralisia, fortes dores no corpo, dentre outros sintomas. No entanto, as avaliações médicas indicavam que ela estava com boa saúde. Freud foi convidado por Breuer, para analisar seu caso. Os traumas de infância vieram à tona, possibilitando compreender a origem daqueles sintomas, manifestados pelo corpo. Daí surgiu o conceito da “cura pela fala”. A partir dos atendimentos em seu consultório, Freud aperfeiçoou o conceito de cura pela fala, experimentado por Ana O; e o denominou como livre associação de ideias. Método que consiste em incentivar o paciente a falar, liberar pensamentos e sentimentos, colocar para fora aquilo que está dentro, mesmo que, em um primeiro momento, pareçam abstratos – “A regra é [...] convidar o outro a dizer tudo o que lhe vem à cabeça” (Jacques-Alain Miller). O analist