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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Espelho, espelho meu: A angustiante ditadura da beleza.

  “O essencial é invisível aos olhos”. (Antoine de Saint-Exupéry) Nos deparamos com a triste notícia de mais uma vítima dos ideais de beleza na publicidade, a digital influencer Liliane Amorim, 26 anos, que morreu devido a complicações sofridas após uma  cirurgia de lipoaspiração . Estamos inseridos em uma sociedade pautada cada vez mais pela mídia que, por sua vez, estabelece padrões de beleza praticamente inalcançáveis. Espera-se um corpo magro, cabelos maravilhosos, pele impecável, entre outros. Parece que tudo vale nesta busca desenfreada pela perfeição. E, assim surge o conceito de   ditadura da beleza . A publicidade tem sua importância na indústria cultural, ditando o comportamento do consumidor e criando ideais de beleza. Desse modo, o corpo é exposto como se fosse uma realidade palpável e basta que as mulheres sigam as “receitas” mágicas prometidas pela mídia, para conquistar o corpo “perfeito”. Quem não se lembra da famosa frase atribuída a rainha má da fábula Branca d

BBB21: Que tal trocar o “cancelamento” por um diálogo?

“Se você odeia alguém, é porque odeia alguma coisa nele que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos perturba”. (Hermann Hesse)       O BBB21 (Big Brother Brasil, 21)…     Colocou em evidência a discussão da “cultura do cancelamento”, tema que estava mais restrito as redes sociais e agora ganhou a televisão brasileira. O assunto foi debatido pelos participantes durante a primeira interação do grupo, onde eles compartilharam suas experiências nas redes sociais e o medo de ser “cancelado” na internet. O assunto ganhou tanta repercussão, dentro e fora da casa, que chegou a ser tema da dinâmica do jogo da discórdia do programa. O BBB por si só já é um jogo de resistir exclusões, “cancelamentos”, os famosos paredões e tem um efeito de identificação de muitos telespectadores com alguns participantes, isso de maneira negativa ou positiva – a depender da história de cada um começam a se ver nos participantes.     Esse movimento conhecido como “cultura do cancelamento” tem chamado

Relações Sociais e Cultura do Cancelamento

  "Eu sou eu e minha circunstância, e se não salvo a ela, não me salvo a mim." (José Ortega y Gasset)   O banimento ou o boicote de uma pessoa da arena pública não é novidade – mas, agora, nas redes sociais, o hábito ganha força em nome da justiça social. A cultura do cancelamento ou, cultura do banimento é uma forma moderna de ostracismo (julgamento ou exclusão) em que uma pessoa ou um grupo, é expulsa de uma posição de influência ou fama devido a atitudes consideradas questionáveis - seja online nos meios de comunicação social, no mundo real ou em ambos. Cancelar alguém implica a ambição de apagar sua existência, de converter uma pessoa em não pessoa. Na prática, funciona assim: um usuário de mídias sociais, como Twitter e Facebook, presencia um ato que considera errado, registra em vídeo ou foto e posta em sua conta, com o cuidado de marcar a empresa empregadora do denunciado e autoridades públicas ou outros influenciadores digitais que possam amplificar o alcance da mens