“De tanto querer impressionar os outros, corremos o risco de nos pressionar de tal forma que perdemos a nós mesmos de vista.” — Daniel Lima Tenho pensado no quanto, em certos momentos, a gente se esforça tanto para ser visto que acaba se perdendo de si. É um paradoxo que aperta: quanto mais a gente se molda ao que esperam de nós, mais longe ficamos do que somos de verdade, lá no fundo. A máscara que vestimos para agradar, para ser aceito, vai pesando, feito uma armadura que, em vez de proteger, sufoca a respiração da alma. E quando a gente se olha no espelho, às vezes percebe que já nem sabe onde termina a figura que mostramos para o mundo e onde começa quem a gente é — não no papel que interpretamos, mas na pulsação viva do nosso ser. Não são em grandes dramas que essa perda se mostra, mas nos pequenos e discretos gestos do dia a dia. A gente percebe isso ao rolar o feed do Instagram e sentir que a vida da gente parece sem graça perto das imagens perfeitas ali expostas. Ou quando ensa...