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Mostrando postagens de novembro 29, 2025

O que tentamos comprar quando nada parece bastar?

  A oniomania, ou compulsão por compras, ilumina uma pergunta que acompanha a psicanálise desde seu nascimento:  como lidamos com aquilo que nos falta?  Para Freud, a vida psíquica é movida por uma estrutura simples e profunda: desejamos porque não temos, e nunca teremos tudo. O desejo nasce justamente desse intervalo entre nós e o objeto que supostamente nos completaria. Por isso, nenhum objeto oferece satisfação plena; ele sempre carrega uma promessa de preenchimento, mas também a frustração de não cumprir totalmente aquilo que imaginávamos. No caso das compras compulsivas, o item adquirido funciona como uma tentativa de “resolver” essa falta constitutiva. Mas, como Freud mostra, quando o objeto é usado para encobrir um mal-estar interno, ele se desgasta rapidamente — e o sujeito precisa comprar outro, depois outro, e assim por diante. A modernidade, com seu apelo constante ao consumo, apenas dá nova forma a uma dinâmica que, na verdade, é bem antiga no psiquismo humano...
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